sábado, 8 de junho de 2013

Nem sempre acaba bem

A cada tecla que carrego sinto que vou esgotando o tempo, cada nota é como um suspiro escondido no silêncio, pronto a ser descoberto.
Cada toque é como um olhar que congela a melodia.
Não avances e recues com o medo, deixa-o cantar ao teu ouvido, como uma alma caridosa bailando no alcance da vida. Respira. Sacode esse tremor. Respira.
Sente essa nota mal dada a estremecer no teu coração. Estás aí?
Desculpa por não saber falar, não saber chegar ao teu coração... Desculpa as notas mal dadas, as histórias muitas vezes contadas em palavras que não eram as minhas. Respira.
Continua a respirar. Peço desculpa pela melodia que tocamos, eu sou sempre um tom abaixo do resto do mundo. Continuas aí?


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